sábado, 25 de abril de 2009

A Star is born

As aparências iludem. É um facto.


A interprete sensação neste momento chama-se Susan Boyle, e foi dada a conhecer ao mundo através de um programa da televisão inglesa chamado "Britains got talent".
Eu não sei se todos os britanicos tem talento. Mas a voz desta mulher é de facto uma dádiva.
E mostra também como tantas vezes somos enganados pelos nossos próprios preconceitos.

Para ouvir e ouvir e ouvir ...

http://www.youtube.com/watch?v=j15caPf1FRk

domingo, 12 de abril de 2009

Alegre descobriu uma nova vocação: Fashion critic ...

Medida de "cariz fascizante"

Alegre contra proibições na Loja do Cidadão de Faro

Manuel Alegre considera que a decisão de impor regras proibindo o uso de mini-saia e de decotes às funcionárias da Loja do Cidadão “é uma coisa de cariz fascizante, totalitário, contra a liberdade individual”.O deputado do PS e vice-presidente da Assembleia da República em representação deste partido considera que esta proibição não faz sentido e “é inconstitucional”, pelo que “tem que ser revogada”.Alegre insiste na revogação deste tipo de proibições, “sob pena de qualquer dia numa repartição alguém querer dizer como usar o cabelo e que livro ler”. Alertando para um clima cultural que considera estar a tomar espaço no país, Alegre frisa que “estas coisas são sinais” e “multiplicam-se estes sinais”. Por isso, “tem que ser levado a sério”. E “imediatamente revogado”.As críticas de Manuel Alegre surgem na sequência de uma ordem decretada na Loja do Cidadão de Faro, onde as funcionárias foram avisadas que não poderiam usar mini-saia, decotes exagerados, gangas e perfumes agressivos. Saltos altos e roupa interior de cor escura também foram considerados inadequados.

O que a ânsia de protagonismo não obriga ...

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Sinais do tempo

Quando pensamos que o lixo produzido para televisão não pode descer mais baixo, a Endemol vem e mostra-nos que não há impossíveis …

Novo "reality show" da Endemol põe trabalhadores em crise a despedirem colegas

08.04.2009 - Susana Almeida Ribeiro in "Diário Económico"

“Você é o elo mais fraco, adeus”. A frase, popularizada num concurso televisivo, volta a fazer sentido, desta feita num reality show. A produtora holandesa Endemol criou um programa em que são os próprios trabalhadores de uma empresa em dificuldades a decidir quem vai ser despedido. “Someone’s Gotta Go” é o nome do reality show que promete gerar polémica. O formato já foi vendido à americana Fox, que irá lançar o programa nos próximos meses. A fórmula é simples: no actual contexto de crise internacional, uma empresa em luta pela sobrevivência é convidada a entrar no programa.

Uma vez lá dentro, as câmaras irão captar a capacidade de trabalho de cada funcionário. Cada um deles irá lutar pela própria sobrevivência laboral. No final, aquele que menos produzir será despedido. A transparência fará parte do processo, uma vez que cada trabalhador vai controlar aquilo que fazem os seus colegas e vai ter acesso às suas fichas dos recursos humanos, incluindo a informação do valor do salário. Cada um deles terá igualmente que justificar os seus métodos de trabalho, junto de um grupo de discussão criado entre todos, que tomará a decisão final acerca do despedimento. Serão igualmente os trabalhadores a decidir quem é aumentado e quem irá sofrer um corte no salário, nesta espécie de “Você Decide” em versão laboral que acabou de ser apresentada em Cannes, durante a feira do audiovisual MipTV.

Espera-se que o programa estreie nos EUA no próximo Verão ou no início do Outono. A Endemol, que deu à memória colectiva êxitos televisivos como o "Big Brother", vendeu o formato à americana Fox Television e espera que o formato pegue e se reproduza internacionalmente. “Trata-se de tomar uma decisão difícil através de um processo democrático”, estimou David Goldberg, um dos directores executivos da Endemol para a América do Norte. “Normalmente essa é uma decisão autocrática, na qual o patrão determina quem é que vai para casa. É muito poderoso deixar que sejam os trabalhadores a decidir”, acrescentou. Mike Darnell, presidente da Alternative Entertainment, subsidiária da Fox, sublinhou à TvWeek o objectivo do programa: “Em vez de ser o patrão a tomar uma decisão arbitrária... são os funcionários que decidem que é que se vai embora”. Pondera-se que seja um orientador de um centro de emprego o apresentador do programa, talvez para ajudar no imediato o trabalhador caído em desgraça.

Este programa segue as pisadas de reality shows como “O Aprendiz”, no qual Donald Trump (na versão americana), fornece tarefas a uma série de candidatos que, se conseguirem ultrapassar todas as etapas, se tornarão trabalhadores do barão do imobiliário nova-iorquino.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Alfie Boe em Atenas

Para terminar em grande as celebrações do nosso aniversário de casamento (mais parece que somos ciganos pois andamos nisto há quase uma semana!) resolvi aproveitar a ocasião para realizar mais um desejo da Mafalda, e levá-la conhecer a melhor sala de espectáculos de Atenas, a Megaron / Athens Concert Hall.

Assim e aproveitando a coincidência da vinda a Atenas de Alfie Boe para um concerto no dia 7 (o dia do nosso aniversário) consegui arranjar bilhetes e fomos ver um espectáculo deste tenor britânico em que interpretou sobretudo árias famosas e canções italianas de amor….

Devo dizer que para quem goste do género (nós gostamos), foi de facto um grande concerto, a somar a outros que já tivemos oportunidade de assistir em Atenas (como os de Ennio Morricone, Plácido Domingo ou Andrea Bocelli).

Também isto nos vai deixar saudades …
Santorini, finalmente!

Regressámos novamente a Atenas depois deste fim-de-semana prolongado em que fomos até Santorini.

Confesso que para quem como eu estava bastante entusiasmado sobre o que iria encontrar na ilha, o resultado final acabou por ficar um pouco aquém das expectativas.

Tenho a noção clara que o facto de termos ido antes da Páscoa ortodoxa grega (que se inicia a 17 de Abril, uma semana após a Páscoa católica), com a maior parte do comércio ainda fechado e o facto das condições meteorológicas não terem sido as melhores terá porventura contribuído para este resultado.

Mas sinceramente acho que não foram apenas estes factores que acabaram por me criar esta sensação de um certo desapontamento. No geral esperava que Santorini estivesse á altura dos seus apregoados pergaminhos de ser um dos mais bonitos locais da Grécia. Aquilo que encontrei (pelo menos em parte) não me faz estar de acordo com essa visão.

Alguns pontos da ilha, a começar pela capital, Fira, são extremamente desorganizados, e nota-se uma falta geral de cuidado na manutenção dos edifícios, dos parques, das ruas. A limpeza deixa bastante a desejar, e as estradas estão em más condições, há entulho (resultante das obras) pelas escarpas abaixo. Sobretudo nota-se falta de cuidado em manter os espaços arranjados e cuidados.


Mas para nos abstrairmos desses aspectos e aproveitar ao máximo a estadia, o melhor é mesmo sair rapidamente de Fira e então Santorini é sem dúvida um local especial, fruto das condições geográficas que formaram o desenho actual da ilha que tem a forma de um feijão, com o vulcão no centro. Aliás este é o tema principal de Santorini, estando praticamente toda a oferta turística centrada em torno dele.

O nosso apartamento estava situado em Firastefani nas escarpas que dão para a caldeira. A vista era óptima, como se pode verificar...

Antes de mais, comecemos por onde comer, (este é sempre um aspecto a ter durante uma viagem, e nada despiciendo em qualquer roteiro turístico que se preze). Começo por recomendar a taverna Kalisti de Nektarios Kalisti em Pyrgos – talvez a melhor que já apanhei aqui na Grécia.

Embora o aspecto exterior não seja famoso, aqui podem experimentar-se vários pratos locais (a gastronomia de Santorini é famosa), como por exemplo fava (uma espécie de pasta de favas com cebola), tomatokeftedes (tomates fritos), a famosa salada de santorini, etc, todos eles extremamente bem confeccionados. Recomendo ainda o carneiro com limão. Estava uma delícia …!

Para além disso, o dono fala várias línguas (até espanholês, aquela mistura entre espanhol e português, que encontramos em tantas partes do mundo – incluindo Portugal …!), o que facilita bastante a comunicação. Boa comida, boas condições de higiene, e preços muito razoáveis. Vale mesmo a pena ir até lá e experimentar.

Em Oia estivemos também num outro restaurante ("Terpsi"), com uma vista fascinante sobre a caldeira, onde almoçámos no dia da partida. Infelizmente o tempo não estava de feição, mas pelas imagens que seguem dá para ficar com uma pequena ideia da vista que tinhamos:

Mas como o nosso objectivo era visitar a ilha e não fazer apenas um fim-de-semana gastronómico o tempo em que lá estivemos permitiu-nos visitar quase tudo o que pretendiamos(com excepção do vulcão). Duas noites (3 dias) são tempo mais do que suficiente para conhecer razoavelmente bem os pontos principais da ilha.

Santorini é uma ilha conhecida não apenas pelo seu turismo, mas também pela qualidade de alguns dos produtos agrícolas que produz como a fava ou o tomate, e sobretudo pelos seus vinhos de grande qualidade, resultantes das características únicas da ilha (para além dos fortes ventos e das condições geológicas derivadas do vulcão, não existe água potável, tendo dependido durante muitos anos apenas da água das chuvas; Hoje em dia para além de serem abastecidos de água pelo continente, também adoptaram o sistema de dessalinização da água do mar, sobretudo para efeitos de higiene e regas).

Por essa razão, as uvas produzidas localmente são mais pequenas do que o habitual e muito mais doces. Um dos vinhos mais famosos produzidos localmente é o VinSanto, um vinho doce que se bebe como digestivo. Para conhecer os aspectos relacionados com a produção de vinho em Santorini, nada como efectuar uma visita guiada a uma das diversas destilarias existentes.

Decidimos ir conhecer a SantoWines winery, ou seja a cooperativa dos produtores vinícolas de Santorini, e tendo aproveitado uma das visitas com guia, deu para aprender bastante sobre a produção de vinho na zona.





Além disso as novas instalações da cooperativa, construídas na década de 90 tem um terraço com uma vista absolutamente fantástica sobre o vulcão, que vale mesmo a pena ver e desfrutar:

Um outro local da Ilha a visitar é sem dúvida, mais a sul a Red beach. O vermelho da paisagem juntamente com o azul esverdeado do mar, formam um conjunto único.

Curiosa é também a Black beach em Perissa (uma praia de areia negra devido ao vulcão. É uma praia com características únicas. No entanto quando lá estivemos pareceu-nos que estaria a precisar de alguma manutenção e limpeza …

Nos dias em que passámos em Santorini, percorremos toda a ilha de uma ponta a outra (o que não é difícil pois não é muito grande), e visitámos outras zonas. Mas de toda a ilha, a parte que mais gostámos foi sem dúvida Oia. Não obstante muitos estabelecimentos comerciais estarem ainda encerrados foi ai que encontrámos a imagem de Santorini que todos nós temos presente no nosso imaginário.

Na zona do castelo em Oia é frequente juntarem-se grupos de turistas para ver o por do sol. Quando lá estivemos o tempo não estava ainda totalmente aberto e o melhor que conseguimos foi isto:

No entanto os especialistas na matéria dizem que na época alta é absolutamente espectacular. Fica aqui uma outra foto (mas não tirada por mim) para ilustrar o que se pode encontrar sobretudo no Verão

No entanto sem querer ser demasiado nacionalista, também acho que em Portugal temos pôr-do-sol fabulosos, que não ficam muito atrás destes …

Após a nossa visita, (em que andamos desalmadamente a subir e a descer degraus!) nada como parar um pouco para repousar. Assim fizemos e decidimos descansar num pequeno bar/restaurante chamado "Lotza"

Em boa hora o fizemos pois enquanto saboreávamos uma bebida e fazíamos tempo para o jantar, pudemos desfrutar de uma vista soberba sobre o mar, e de um cheiro delicioso a pasta com alho e azeite a ser cozinhada …

Oia é de longe a localidade mais bonita da Ilha, não me canso de repetir. Como ambos estávamos de acordo também nesse ponto, e como no domingo o estado do tempo não nos permitiu ir visitar o vulcão, decidimos então ir novamente a Oia para conhecermos a vila um pouco mais em detalhe. Dessa segunda vez, por ser mais cedo e não obstante o estado do tempo, deu para percorrer com algum vagar as ruas estreitas do castelo, com as suas pequenas lojas de comércio tradicional e de artesanato.

Quando nos preparámos para ir para o aeroporto começou a chover imenso e um manto espesso de nevoeiro caiu sobre a ilha, de tal forma que não viamos mais de 5 m de distância. A viagem de regresso até ao aeroporto foi uma aventura, … que aliás se prolongou depois no voo de regresso tal foi a turbulência que apanhámos, tendo as hospedeiras de bordo passado todo o voo sentadas com os cintos de segurança.

Mas o que são viagens sem aventuras deste tipo? O que é mais importante é que pesando todos os prós e contras, foi uma viagem que valeu mesmo a pena. E gostávamos de a repetir levando os nossos filhos, mas desta vez no Verão…

Antes de terminar, e para quem estiver a pensar em viajar até lá aqui ficam alguns conselhos:

1. Vá com bom tempo (por exemplo a partir de fins de Maio). Com chuva ou com o tempo encoberto (como apanhámos, sobretudo no último dia) não é possível ver na sua plenitude aquilo que dizem ser o azul único do mar de Santorini ou o fantástico pôr-do-sol em Oia. Além disso tínhamos planeado ir no domingo conhecer o vulcão, o que acabámos por cancelar devido á chuva.

2. As estradas e os caminhos (como é hábito) não são grande coisa. Por isso e caso tenha oportunidade faça como nós e alugue um jeep (bem na verdade não alugámos propriamente um jeep, alugámos um Suzuki Jimmy que era o que havia, e aqui entre nós, chamar um Jimmy de Jeep, é a mesma coisa que dizer que uma lagartixa é uma espécie de jacaré, mas mais pequenina …)

3. Procure ficar em Oia – que é claramente a parte mais bonita da ilha. Nós ficámos em Firostefani junto á capital, Fira, e esse foi certamente um dos aspectos que contribuiu para o tal desapontamento. Talvez não tenhamos tido oportunidade de conhecer mais em detalhe a localidade; no entanto o que vimos não deixou grandes saudades

4. Tenha em conta que os apartamentos localizados nas escarpas são muito bonitos, e nalguns casos permitem imagens de cortar a respiração …

… No entanto acredite também que subir e descer dezenas e dezenas de degraus várias vezes por dia acaba por deixar mazelas …

5. Julho e Agosto são claramente meses a evitar. Pelo que podemos ver, a ilha não parece ter condições e infra-estruturas para aguentar com qualidade a pressão turística desses meses. Para além disso os preços nessa época são absolutamente proibitivos.

Se tiver em conta estes conselhos, certamente irá gostar de Santorini. As pessoas são muito simpáticas (como são em geral em toda a Grécia), a paisagem é deslumbrante a gastronomia é fantástica, e o ambiente é único.

E como diz o meu amigo Ramon (também um pouco céptico em relação a esta Ilha), não se pode estar na Grécia sem se conhecer Santorini.


Confesso que hesitei um pouco antes de dedicar algum do meu espaço e tempo a essa extraordinária personagem que dá pela graça de Isaltino Morais. Mas após ler algumas notícias que foram publicadas no “Público” relativamente á sua audiência, mudei de ideias. Até porque se parece não haver dúvidas que ele está a gozar com o tribunal, também é justo nos possamos divertir ... Até porque ...

… O Isaltino é mesmo um ponto …!


Isaltino assegura que não declarou conta na Suíça por “inconsciência” (Tadinho, tão inocente …!)

O autarca Isaltino Morais admitiu hoje que foi de "forma inconsciente" que não declarou uma conta bancária da Suíça ao fisco e ao Tribunal Constitucional e sustentou que algumas testemunhas do processo foram "ameaçadas para mentir".

"Não tive consciência de que havia um problema fiscal, nunca me passou pela cabeça", disse o presidente da Câmara de Oeiras durante a manhã, na quarta sessão do julgamento do processo em que é acusado de um total de sete crimes de participação económica em negócio, corrupção para acto ilícito, branqueamento de capitais, abuso de poder e fraude fiscal. (para quem não saiba, Isaltino Morais foi magistrado do Ministério Público durante vários anos, estando agora aposentado … Deve ser por estar aposentado que ficou mais esquecido)

Isaltino Morais admitiu ter fugido ao fisco na compra de uma casa e duas garagens no concelho, na década de 1990 - declarando 32.600 contos mas pagando, posteriormente, mais 11.500 contos - e alegou que qualquer cidadão com mais de 50 anos recorria a este tipo de prática na altura. (e com menos de 50, e com mais de 65 … Não há nada como tentar …)

Isaltino Morais referiu que já pagou, entretanto, os respectivos impostos e que a situação está regularizada, mas sublinhou que na década de 1980, período em que se tornou presidente, a declaração apresentada por um político ao Tribunal Constitucional "nunca era levada a sério por ninguém" e "não valia nada". (ainda hoje pelos vistos não é muito levada a sério … pelo Isaltino!)

Confrontado com uma das declarações que entregou àquela instituição, o arguido admitiu que o conteúdo "não correspondia minimamente" ao seu património, até porque "nessa altura era assim", e acusou o próprio Ministério Público de nunca fiscalizar as declarações. (o que não deixa de ser bonito de ser dito por alguém que ainda tem um cargo público – Presidente da Câmara de Oeiras – foi Ministro, e delegado do MP)


Casa em Oeiras

Referindo-se à fuga ao fisco cometida, e já admitida em tribunal, na compra de uma casa no concelho de Oeiras - pela qual admitiu ter feito um pagamento de 11.500 contos (57.500 euros) ao vendedor, não contemplado na escritura -, Isaltino Morais voltou a apontar a frequência com que este tipo de situação acontecia: "Falam na fuga ao fisco, mas a maior não era para pagar a SISA. Acham que os construtores queriam era que os clientes poupassem? Se o valor de uma casa fosse escriturado em valor real, o IRC era muito maior". (Isto não é fuga ao fisco, é outra coisa, só que não me estou agora a lembrar o quê …)

Quanto ao facto de ter depositado na Suíça mais de 1,321 milhões de euros entre 1993 e 2002 - período em que auferiu, enquanto presidente da Câmara e ministro do Ambiente, cerca de 351 mil euros - o arguido voltou a negar a origem ilícita das verbas, tal como aponta a acusação. "Então e os salários da minha mulher, as vendas de património? Mas que raio de investigação é esta?" - questionou, explicando que entre o dinheiro angariado em campanhas eleitorais anteriores a 2005, cujas sobras também depositou na Suíça, contavam-se, por exemplo, ofertas monetárias de 50 euros de cantoneiros do município. "Dá-me dinheiro quem quer, quem acredita em mim", acrescentou.(ou seja, ia recolhendo donativos de 50€ - 10.000$00 – pelos cantoneiros – os varredores – da Câmara onde ele por acaso era o Presidente. Aliás é absolutamente normal os cantoneiros financiarem directamente o Presidente da Camara… Era para o ajudar a pagar os charutos …)

Isaltino negou também ter aproveitado as contas da ex-secretária e de um sobrinho que morava na Suíça para ocultar quantias e explicou que, por volta de 1999, foi a sua irmã e esse sobrinho que inseriram dinheiro na sua conta (respectivamente 270 a 300 mil euros e 220 mil euros), "face às rentabilidades" da mesma. (Lá rentáveis parecem ser …)

Perante a dúvida do procurador Luís Eloy sobre a possibilidade de o sobrinho, taxista de profissão, possuir elevadas verbas, Isaltino mostrou-se indignado: "Mas os imigrantes que vão para a Suíça enriquecem todos menos o meu sobrinho? A mulher dele, por exemplo, ganha cinco mil euros como cabeleireira". (como qualquer pessoa sabe, um ordenado mensal de 5.000€, ainda por cima na na Suiça, dá perfeitamente para enriquecer. Aliás todos os emigrantes enriquecem… )

A sessão, que decorre durante a tarde com a audição de testemunhas, ficou ainda marcada pela afirmação, por parte do arguido, de que os detentores das contas onde, segundo a acusação, Isaltino Morais depositou dinheiro de origem ilícita, sofreram ameaças. "Todas estas pessoas foram ameaçadas de prisão para que mentissem", disse. Uma delas será a ex-secretária e ex-chefe de gabinete do presidente municipal, Paula Nunes, que constitui a principal testemunha do processo e será ouvida na sexta-feira.(normalmente a ameaça de prisão resulta para evitar que as testemunhas mintam … Isto até se costumava chamar de crime de perjurio)


E continua o Isaltino em grande forma:

Isaltino admite fuga ao fisco

Segundo a acusação, o presidente da Câmara de Oeiras auferiu 351.139 euros nessa função entre 1993 e 2002, enquanto o valor depositado por si ou a seu mando em contas na Suíça - inclusive nas de amigos e familiares - ascendeu a 1,32 milhões de euros. (o que é perfeitamente normal, pois qualquer pessoa consegue depositar mais 4 vezes aquilo que recebe no mesmo período….é o chamado milagre da multiplicação. )

O Ministério Público refere que o montante médio dos depósitos efectuados entre 1990 e 2003 era de 300 mil escudos (1.500 euros) para «não levantar suspeitas», já que as verbas provinham de favores de carácter imobiliário e actos contrários ao seu cargo. (coitado, deve ter ido poucas vezes ao banco fazer o seu depositozito de 1500€, até totalizar 1,32 Milhões, deve …)

Isaltino Morais confirmou que entregou ao Estado o montante excedente da campanha para as autárquicas de 2005 por ser «obrigado», mas admitiu que as sobras das campanhas feitas até 2001 ficaram em seu poder porque não havia então qualquer impedimento na lei e porque não conhece «ninguém que as tenha devolvido». (Quando se fala em sobras, estamos a falar de 400.000€!!! Ou seja, dito de forma mais directa, andou também a ficar com o dinheiro do partido… Razão tinha o ganda noia!)

«Se não fui dar as sobras foi porque nunca me passou pela cabeça, não fazia sentido declará-las em termos fiscais até porque era para actividades políticas, era a prática comum em todos os partidos, em todos os concelhos», (as tais sobras que somadas ajudaram a chegar a 1,32M), admitindo não ter declarado também verbas de excedentes de imóveis que vendeu. (foi um lapso de momento …)

O arguido negou que as contas bancárias em nome da sua ex-secretária e ex-chefe de gabinete Paula Nunes e do arguido e seu amigo Fernando Trigo eram na verdade suas, recusando também qualquer movimentação nas contas da livraria Obras Completas, criada a partir de uma sociedade que Isaltino constituiu com dois assessores jurídicos e que, segundo a Acusação, era usada para desviar montantes de origem ilícita. (toda a gente reconhece aliás a grande produção literária que tem vindo a lume pela mão dessa famosa livraria …)

80 mil contos em casa

O autarca reconheceu que um dos depósitos que efectuou na Suíça correspondia a uma «grande concentração» de dinheiro, que justificou com o facto de guardar elevados montantes em casa - que chegaram a ascender a 80 mil contos (400 mil euros), guardados numa pasta - e com a necessidade de converter as verbas em euros, uma vez que se aproximava a entrada em vigor da moeda única. (pois, a culpa foi do Euro …)

Isaltino Morais assegurou que o seu «problema não foi não querer pagar impostos» e que guardou dinheiro em casa porque era dado a «título pessoal». (Devia ser para ficar mais quentinho ...Aquilo é que era um colchão … )

Como exemplo, apontou uma verba de 150 mil euros entregue por um tio da sua ex-mulher, pedindo-lhe que guardasse segredo, já que os outros sobrinhos «podiam não gostar». (ó tio, não há problema, vai também para o colchão que é seguro…)

Fazendo «um esforço desesperado (coitado …) para tentar encontrar papéis» demonstrativos de que possuía património suficiente para ter determinadas verbas em seu nome, Isaltino disse ter documentos comprovativos de que adquiriu, por exemplo, duas casas e um carro antes de ser presidente camarário (e tudo com o vencimento, primeiro de delegado do MP ,e depois como funcionário do INE – isso é que é poupar!) e revelou ter recebido heranças de familiares seus e da sua primeira mulher, tendo vendido algum desse património. (nem sei como não se lembrou de dizer que também tinha ganho o totobola …)

Além disso, acrescentou, não foram suficientemente investigados os investimentos que fez na Bolsa e das quais obteve rendimentos. (por tudo o que foi dito antes,se calhar é melhor não …)

De acordo com o arguido, a «única verdade» constante da Acusação é que um sobrinho seu, morador na Suíça, «gastou mais dinheiro do que devia» de uma conta que continha dinheiro da sua irmã, Floripes Morais de Almeida (também arguida), que, por sua vez, tinha já transferido esse dinheiro a partir de uma conta de Isaltino. (afinal a culpa era do sobrinho …)

Isaltino Morais foi também questionado sobre a compra de um carro da marca Audi, que explicou ter comprado por 35 mil euros em numerário e vendido depois por 60 mil, ao ver que não se adaptava ao modelo. Acusado de tentar ocultar a viatura, o arguido sublinhou que o documento que recebeu quando a comprou não tinha o seu nome, pelo que foi registá-la mais tarde, para efectivar a venda a outra pessoa. (Qual é a dúvida? Qualquer pessoa sabe que um carro em segunda mão valoriza mais de 100% …)

A única justificação que se escusou a prestar foi sobre a proveniência dos 35 mil euros em "dinheiro vivo" que pagou pelo carro. (e porque não tentar: “São rosas, Senhor?”)

Autarca nunca teve conhecimento de terreno em cabo Verde

Durante o depoimento de hoje, Isaltino Afonso Morais, magistrado do Ministério Público aposentado, negou ainda, entre outras acusações, ter aproveitado as suas funções no executivo de Oeiras para receber gratuitamente um terreno no município de São Vicente, em Cabo Verde, com que Oeiras mantém um acordo de geminação que inclui apoios sociais.

"Nunca vi a proposta de Câmara [de São Vicente] que deliberou ceder-me o terreno, só tive conhecimento pela comunicação social. Assinei a escritura em 2000 sem ler, mas nunca me passou pela cabeça fazer casa ou, directa ou indirectamente, dizer às autoridades 'vejam lá, quero que me dêem uma casa'", explicou, garantindo que nunca quis construir casa no local (aliás toda a gente sabe que qualquer pessoa pode receber um terreno gratuito numa das melhores zonas de Cabo Verde, ao pé do mar: Nem é preciso pedir. Eles dão-na de qualquer forma … ah, é verdade, só é pena aquele pequeno pormenor da escritura … mas não há problema: qualquer pessoa, e sobretudo um jurista, assina uma escritura sem ler, afinal é como assinar outra coisa qualquer)

Isaltino, a sua vida dava um filme indiano!!!!!!!!!